Um retrato literário sobre a hipocrisia
Sem perder a essência de instigar o leitor a desvendar um mistério no decorrer das páginas, em O Cidadão de Bem o escritor Maurício Gomyde evidencia a polarização por meio de dois personagens principais, que, embora amigos, têm posições antagônicas e divergem em quase tudo.
Para o mundo, Dr. Roberto é um profissional sério e respeitado, mas em casa e nas redes sociais se manifesta como um defensor fervoroso do armamento civil, que não esconde o preconceito contra negros e homossexuais, além das atitudes elitistas.
Resistindo a cidadãos como ele, o leitor conhece Rafael, um jornalista que sonha se tornar escritor e que, mesmo tendo falhado com a família no passado, luta por um mundo mais pacífico e tolerante, não apenas para ele, mas principalmente para as filhas e as gerações futuras.
‘Você é louco, rapaz. Totalmente desconectado.
A hipocrisia reina por aqui. Papinho Poliana de gentileza.’O sono foi embora de vez com aquela profusão de frasesque começaram a se repetir em sua mente.Louco por achar que o mundo ainda tinha salvação?Por sonhar que os discursos de amor um dia poderiam ser mais fácile rapidamente compreendidos do que os de ódio? Por imaginar pessoase países derrubando barreiras e usando a solidariedade como arma?Por pregar a paz acima de tudo e o respeito acima de todos?Gastou o resto da madrugada nessas perguntas.Tolas, certamente, aos ouvidos de cada vez mais gente no mundo.(O Cidadão de Bem, pg. 155)
Título: O cidadão de bem
Autor: Maurício Gomyde
Editora: Qualis Editora
Páginas: 278
Onde comprar: Amazon | Qualis Editora
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