Resenha: “Fake News não é obra de Pinóquio” de Maria Estela Ximenes
Obra: Fake News não é obra de Pinóquio
Autora: Maria Estela Ximenes
Editora: Scortecci
Gênero: Não-Ficção/Poesia
Páginas: 52
Ano: 2019
Onde Comprar: Amazon (Físico) | Livraria Asabeça
Adicione: Skoob
Nota: ★★★★☆
Livro cedido pela autora.
SINOPSE: A famosa fake news Parece mesmo fumaça, Asneira transforma em fama, Conversa vira ameaça, Cada um aumentando um conto No lombo de quem trapaça. Pinóquio só desejava Apossar de um megafone, Desmentir toda a fofoca Com a boca no trombone, Mas as mídias são ligeiras, Arrastam como um ciclone.
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Em tempos onde a informação chega facilmente até as pessoas através das redes sociais, diferenciar fato do que é fake se tornou uma missão árdua, mas de extrema importância. A cada dia que passa o papel do jornalismo na sociedade tem um peso ainda maior. Tanto pelo fato dele ser a ponte entre o estado e sociedade como também para poder combater as tão conhecidas fake news.
Em “Fake News não é obra de Pinóquio” a escritora Maria Estela Ximenes traz versos bem reflexivos. A autora fala sobre a importância de checar as informações antes de compartilhá-las; das redes sociais serem o palco da disseminação de informações falsas, do impacto negativo dos boatos na vida das pessoas que são vítimas das mentiras contadas, de como as fake news atrapalham de diversas formas o cotidiano das pessoas, dentre outros assuntos. E tudo isso abordado em forma de cordel, uma literatura que nasceu na Europa e criou raízes no Brasil, principalmente na região nordeste.
"Inicia com boato numa rede social, porção de falta notícia sem ética e sem moral, aumenta o aborrecimento conjunto artificial."
Também é interessante o fato da autora utiliza-se do personagem Pinóquio, que faz parte da literatura infantil, associando ele à temática por ser conhecido pelas mentiras que contava. Ela traz o personagem para dentro dos versos e torna o texto algo ainda mais curioso para o leitor.
A escrita da autora é bem fluida. Os versos realmente conseguem levar o leitor a reflexão. O instiga a pensar sobre o assunto e até orienta a como agir diante das falsas informações.
Em suma, posso dizer que a leitura foi rápida e prazerosa. De forma inteligente a autora consegue ir além com a obra, unindo um assunto tão atual, que são as fake news, com o cordel, literatura ainda tão viva, presente e atual na vida de muitos escritores e leitores nordestinos. São 52 páginas de reflexões, conhecimento e boas rimas.
"Quanto maior a mentira, mais o público interessa, este é grande objetivo: circular mais que depressa, viralizando e apelando, iludindo quem acessa."
A obra foi publicada através da Rebra e Editora Scortecci - do Grupo Editorial Scortecci. A edição está muito bonita. Seu tamanho segue o padrão pocket. Na capa, uma ilustração de autoria do paulista Onézio Cruz. Por dentro, a diagramação está bastante organizada com fontes de tamanhos agradáveis e páginas levemente amareladas. Além disso, a edição possui orelhas.
"Retratar as fake news é desafio de todos, duvide sempre que der, afaste-se dos engodos, o internauta mais que atento afasta quaisquer incômodos."
📚Boa leitura, pessoal!📚
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